terça-feira, 7 de julho de 2015

Fogo combatido por mais de 500 bombeiros ameaça habitações em Tomar


Incêndio começou pelas 12h54 e está a ceder aos meios de combate em algumas zonas, mas o vento forte noutras está a preocupar a Protecção Civil.

O incêndio que deflagrou às 12h54 desta terça-feira no concelho de Tomar está a ceder favoravelmente aos meios de combate em algumas zonas, mas mantêm-se muitas habitações em risco, disse o comandante distrital de operações de Socorro de Santarém.

"Neste momento temos o incêndio em algumas zonas do perímetro a ceder favoravelmente aos meios de combate já, mas é um incêndio com muitas projecções, vento muito forte no local, temos muitas habitações em risco", afirmou Mário Silvestre, pelas 18h40.

Em declarações à agência Lusa junto ao posto de comando, em Portela, freguesia de São Pedro, o responsável distrital salientou que, face à ameaça às habitações, a prioridade dos bombeiros "não é propriamente a linha de incêndio e o combate a essa mesma linha", mas antes a defesa das casas e dos aglomerados populacionais.

Questionado sobre as zonas que requerem maior atenção, Mário Silvestre referiu que há preocupações "um pouco por todo o lado do perímetro de incêndio", que está em quatro municípios - Tomar, Abrantes, Vila Nova da Barquinha e Constância.

Mário Silvestre adiantou que o vento está muito forte e, com isso, "as muitas projecções que se têm feito sentir" são os factores que prejudicam o combate ao incêndio. À população, o comandante distrital apelou para que tenha "muito cuidado com o uso do fogo, porque o número de ocorrências" diárias não tem permitido aos bombeiros "conseguir fazer o combate a estas ocorrências todas".

"O que se pede à população é que limpem os terrenos, mantenham as suas habitações protegidas, porque o nosso grande problema neste momento é não conseguirmos combater o incêndio", reiterou, salientando que os elementos no local estão "a dar tudo para defender as habitações das pessoas".

O comandante distrital de operações de socorro esclareceu que se trata de um incêndio "muito atípico", pelo que não pode precisar os quilómetros da frente de fogo. "Não há uma linha de fogo definida, há muitos focos de incêndio dispersos por causa das projecções todas que tivemos, há muitas ilhas no meio do incêndio", disse.

Mário Silvestre acrescentou que pelas 18h40 estavam no teatro de operações 435 bombeiros apoiados por 128 viaturas, estando a dirigir-se para o local mais 120 elementos.

A Protecção Civil registou até agora dois civis assistidos por situações de ansiedade e três bombeiros com ferimentos ligeiros ou por inalação de fumos ou exaustão. Na sua página da Internet, a autoridade nacional actualizou o número de operacionais envolvidos na operação para 521.

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